terça-feira, 27 de abril de 2010

Migrações internacionais 6)


A partir das duas últimas décadas do século XX que se tem verificado no Brasil um acréscimo acentuado de migrações. As migrações internacionais recentes no Brasil têm, como países de destino, essencialmente, os Estados Unidos da América, Portugal, Espanha, Itália, Inglaterra, França, Canadá, Austrália, Suíça, Alemanha, Polônia, Bélgica, Países Baixos, Japão, Paraguai e Israel, quase num movimento inverso ao que se deu no século XIX.

Note-se, no entanto, que as migrações brasileiras para o Paraguai constituíram um fenómeno que teve os seus inícios logo nos anos 70.

Segundo as estatísticas, o maior número de brasileiros imigrantes está nos Estados Unidos da América. O segundo contingente situa-se no Paraguai (os chamados "brasiguaios").

No fluxo inverso, porém, é expressiva a presença de imigrantes provenientes da Bolívia e do Peru desde os anos 80, os quais têm, em sua maioria, se radicada em São Paulo.

terça-feira, 20 de abril de 2010

Capitalismo atual :3

Grandes empresas do mundo passaram a oferecer fortes benefícios a seus empregados, antecipando a ação de sindicatos e governos.
Benefícios tais como: redução de jornada de trabalho, participação nos lucros, ganhos por produtividade, salários acima da média do mercado, promoção à inovação, jornada de trabalho flexível, flexibilização de jornada para mulheres com filhos, participação societária para produtos inovadores desenvolvidos com sucesso, entre outros.
Ao contrário do princípio do capitalismo, quando se acreditava que a redução de custos com recursos humanos e sua conseqüente exploração, traria o maior lucro possível, passou a vigorar a tese de que seria desejável atrair os melhores profissionais do mercado e mantê-los tão motivados quanto possível e isto tornaria a empresa mais lucrativa. No entanto, o número de funcionários que se enquadram neste modelo é insignificante diante de toda a massa trabalhista mundial, que em sua maioria ainda trabalha em condições muito precárias.

Capitalismo natural
Ou capitalismo verde é a teoria de que preservar o ambiente, ser socialmente responsável, interagir na comunidade em que se está inserido traz satisfação aos clientes, diferencia a empresa em relação a concorrência e por consequência amplia os lucros para os acionistas.
Há uma tendência para adoção deste modelo em grandes empresas ocidentais, desde que tais medidas não prejudiquem a economia global, independentemente do mal que a degradação ambiental possa causar ao

Globalização diminui distância, mas desigualdade persiste


Integração econômica, social, cultural, política, o mundo interligado e conectado; troca de informações mais intensas entre os quatro cantos do planeta são algumas das características da aldeia global, conceito criado pe lo sociólogo canadense Marshall McLuhan, na década de 60.

O termo foi concretizado nos anos 90, com o surgimento da internet e do celular. É usado para ca rac terizar um novo tipo de relação que se estabelece principalmente com a internet. A expressão está relacio nada com a criação de uma re de de conexões, que facilita as re lações culturais e econômicas de forma mais rápida e eficiente. “Na aldeia global, a convivência dei xa de ser unicamente com as pessoas que estão do seu lado e passa a ser com pessoas que estão fisicamente distantes, em culturas diferentes”, analisa Marcelo Car va - lho, professor de filosofia da Uni - versidade Me todista de São Paulo.

Os reflexos econômicos e cultu - rais dessa “unificação do mundo” podem ser positivos ou negativos, dependendo do ponto de vista. Pa ra Marcelo, é muito difícil avaliar positiva e negativamente esse con tex to. “Do lado econômico, a conseqüência é um conjunto de relações mais complexas, passamos a manter re la - ções econômicas com o mun do in tei - ro. Temos no nosso co ti diano pro - dutos que envolvem o trabalho de pessoas que estão em lugares que nós nem imaginamos. A complexidade das relações eco nô micas se tor - na muito maior, mas ao mesmo tem - po se torna mais difícil de ser ad - ministrada”, explica o professor

terça-feira, 13 de abril de 2010

A crise do socialismo e o mundo nos anos 90 ;DD



No final dos anos 80 a experiência “socialista” ou de economia planificada entrou em profunda crise. Talvez nem existirá mais o chamado Segundo Mundo no século XXI, que já se avizinha, tal rapidez das mudanças que ocorrem nesses países: a planificação centralizada da economia cede lugar às leis do mercado (oferta e procura) e a uma maior liberdade para as empresas tomarem suas decisões; inúmeras empresas estatais foram e são privatizadas; houve a reabertura de inúmeras bolsas de valores (compra e venda de ações) e a introdução de empresas multinacionais que antes não podiam operar nesses países etc. Daí se usar a expressão economias planificadas em transição para se referir a esses países, que desde o final dos anos 80 implantaram economias de mercado no lugar da planificação da vida econômica.
A própria União Soviética, o grande exemplo desse tipo de experiência, deixou de existir com a independência ou maior autonomia das Repúblicas que a compunham – Rússia, Ucrânia, Armênia, Cazaquistão, Bielo-Rússia etc. Em grande parte desses países o monopólio do poder político nas mãos de um único partido, o comunista, cedeu lugar a um pluripartidarismo com eleições periódicas e livres. Daí então se falar na crise do Segundo Mundo e no enfraquecimento da oposição Leste-Oeste, isto é, capitalismo versus socialismo.
Mas a oposição Norte-Sul, ou seja, entre países desenvolvidos e subdesenvolvidos, não se enfraquece e, pelo contrário, vê-se fortalecida com essa nova situação internacional. Até os anos 80 os países de economia planificada formavam quase um mundo à parte, nem desenvolvidos nem subdesenvolvido. Nos anos 90, contudo, com as mudanças desses países, que voltam a Ter economia de mercado capitalista, há uma maior aproximação de uma parte desse “mundo” com os países centrais ou desenvolvidos (caso da Europa Oriental, Rússia, Ucrânia, Letônia etc.) e uma maior identidade de outra parte com os países periféricos ou subdesenvolvidos (caso de Cuba, Moçambique, Vietnã, Camboja, Mongólia etc.). Mas a nova situação não é simples e sim bastante complexa, com vários grupos diferenciados de países periféricos ou do Terceiro Mundo. Veremos isso a seguir.
O próprio centro ou países desenvolvidos tem inúmeras situações diferentes. Em primeiro lugar há as áreas de vanguarda na industrialização e na pesquisa tecnológica, basicamente o Japão, Os Estados Unidos e a Alemanha. Ao redor deles, e com situações também privilegiadas, encontram-se outras áreas ou nações: Canadá, França, Bélgica, Inglaterra, Suíça, Itália, Espanha etc.
Essas áreas centrais constituíram nos anos 70 e 80 mercados supranacionais, onde o grande exemplo é o MCE – Mercado Comum Europeu –, e podem atualmente ser divididas em três grandes pólos ou centros principais da economia mundial: o MCE, no qual se destaca a liderança alemã e que provavelmente deverá incorporar a Europa Oriental e parte das ex-repúblicas da União Soviética; o mercado comum da América do Norte, que inclui os Estados Unidos e o Canadá (e cada vez mais o México, embora numa posição inferior); e o Japão e algumas nações industrializadas na Ásia e na Oceania (Coréia do Sul, Taiwan, Hong Kong, Cingapura, Austrália e Nova Zelândia) que estreitam cada vez mais as relações entre si.
E as áreas periféricas também possuem disparidades. Há em primeiro lugar o que se pode chamar de periferia privilegiada ou países associados àqueles do centro: casos de Portugal e Grécia, n Europa Ocidental, e o México, Na América do norte. São países que, apesar de uma situação de relativa pobreza, participam de mercados supranacionais junto com as nações altamente industrializadas e onde há nos últimos anos uma sensível melhora na situação econômica e no padrão de vida da população. Na Grécia, não são subdesenvolvidos e sim as áreas mais pobres do centro. E os demais, como o México ou os “tigres asiáticos” (Taiwan, Coréia do Sul, Hong Kong e Cingapura são países do Terceiro Mundo mas com grande viabilidade de desenvolvimento e de superação da pobreza de amplas camadas populacionais.
Numa situação intermediária pode-se colocar o Brasil e outros países relativamente industrializados Terceiro Mundo que não participam de marcados comuns junto com os países desenvolvidos: Argentina, Chile, África do Sul, Egito, Turquia etc. São periferias onde há modernização e pobreza, onde há industrialização e grandes desigualdades sociais com as suas conseqüências (analfabetismo, falta crônica de moradias, de alimentos para certos setores populares etc.).
E por fim temos a parte mais pobre, o Terceiro Mundo, também chamada de “quarto mundo” por alguns autores: a imensa maioria dos países da África (Uganda, Tanzânia, Serra Leoa, Zaire, Quênia, Etiópia etc.), da América Central e do Sul e sudeste da Ásia (Bangladesh, Afeganistão, Paquistão, Birmânia etc.). Este é o “mundo” que ainda não ingressou na modernização, onde as condições de pobreza e de subnutrição da população são as mais graves do globo. É a periférica, com poucas esperanças de amplas melhoras nestes anos 90.

(VESENTINI, W. J. Brasil Sociedade e Espaço, São Paulo: ática, 1996, p.14-15)

A crise do socialismo e o mundo nos anos 90 ;D


No final dos anos 80 a experiência “socialista” ou de economia planificada entrou em profunda crise. Talvez nem existirá mais o chamado Segundo Mundo no século XXI, que já se avizinha, tal rapidez das mudanças que ocorrem nesses países: a planificação centralizada da economia cede lugar às leis do mercado (oferta e procura) e a uma maior liberdade para as empresas tomarem suas decisões; inúmeras empresas estatais foram e são privatizadas; houve a reabertura de inúmeras bolsas de valores (compra e venda de ações) e a introdução de empresas multinacionais que antes não podiam operar nesses países etc. Daí se usar a expressão economias planificadas em transição para se referir a esses países, que desde o final dos anos 80 implantaram economias de mercado no lugar da planificação da vida econômica.
A própria União Soviética, o grande exemplo desse tipo de experiência, deixou de existir com a independência ou maior autonomia das Repúblicas que a compunham – Rússia, Ucrânia, Armênia, Cazaquistão, Bielo-Rússia etc. Em grande parte desses países o monopólio do poder político nas mãos de um único partido, o comunista, cedeu lugar a um pluripartidarismo com eleições periódicas e livres. Daí então se falar na crise do Segundo Mundo e no enfraquecimento da oposição Leste-Oeste, isto é, capitalismo versus socialismo.
Mas a oposição Norte-Sul, ou seja, entre países desenvolvidos e subdesenvolvidos, não se enfraquece e, pelo contrário, vê-se fortalecida com essa nova situação internacional. Até os anos 80 os países de economia planificada formavam quase um mundo à parte, nem desenvolvidos nem subdesenvolvido. Nos anos 90, contudo, com as mudanças desses países, que voltam a Ter economia de mercado capitalista, há uma maior aproximação de uma parte desse “mundo” com os países centrais ou desenvolvidos (caso da Europa Oriental, Rússia, Ucrânia, Letônia etc.) e uma maior identidade de outra parte com os países periféricos ou subdesenvolvidos (caso de Cuba, Moçambique, Vietnã, Camboja, Mongólia etc.). Mas a nova situação não é simples e sim bastante complexa, com vários grupos diferenciados de países periféricos ou do Terceiro Mundo. Veremos isso a seguir.
O próprio centro ou países desenvolvidos tem inúmeras situações diferentes. Em primeiro lugar há as áreas de vanguarda na industrialização e na pesquisa tecnológica, basicamente o Japão, Os Estados Unidos e a Alemanha. Ao redor deles, e com situações também privilegiadas, encontram-se outras áreas ou nações: Canadá, França, Bélgica, Inglaterra, Suíça, Itália, Espanha etc.
Essas áreas centrais constituíram nos anos 70 e 80 mercados supranacionais, onde o grande exemplo é o MCE – Mercado Comum Europeu –, e podem atualmente ser divididas em três grandes pólos ou centros principais da economia mundial: o MCE, no qual se destaca a liderança alemã e que provavelmente deverá incorporar a Europa Oriental e parte das ex-repúblicas da União Soviética; o mercado comum da América do Norte, que inclui os Estados Unidos e o Canadá (e cada vez mais o México, embora numa posição inferior); e o Japão e algumas nações industrializadas na Ásia e na Oceania (Coréia do Sul, Taiwan, Hong Kong, Cingapura, Austrália e Nova Zelândia) que estreitam cada vez mais as relações entre si.
E as áreas periféricas também possuem disparidades. Há em primeiro lugar o que se pode chamar de periferia privilegiada ou países associados àqueles do centro: casos de Portugal e Grécia, n Europa Ocidental, e o México, Na América do norte. São países que, apesar de uma situação de relativa pobreza, participam de mercados supranacionais junto com as nações altamente industrializadas e onde há nos últimos anos uma sensível melhora na situação econômica e no padrão de vida da população. Na Grécia, não são subdesenvolvidos e sim as áreas mais pobres do centro. E os demais, como o México ou os “tigres asiáticos” (Taiwan, Coréia do Sul, Hong Kong e Cingapura são países do Terceiro Mundo mas com grande viabilidade de desenvolvimento e de superação da pobreza de amplas camadas populacionais.
Numa situação intermediária pode-se colocar o Brasil e outros países relativamente industrializados Terceiro Mundo que não participam de marcados comuns junto com os países desenvolvidos: Argentina, Chile, África do Sul, Egito, Turquia etc. São periferias onde há modernização e pobreza, onde há industrialização e grandes desigualdades sociais com as suas conseqüências (analfabetismo, falta crônica de moradias, de alimentos para certos setores populares etc.).
E por fim temos a parte mais pobre, o Terceiro Mundo, também chamada de “quarto mundo” por alguns autores: a imensa maioria dos países da África (Uganda, Tanzânia, Serra Leoa, Zaire, Quênia, Etiópia etc.), da América Central e do Sul e sudeste da Ásia (Bangladesh, Afeganistão, Paquistão, Birmânia etc.). Este é o “mundo” que ainda não ingressou na modernização, onde as condições de pobreza e de subnutrição da população são as mais graves do globo. É a periférica, com poucas esperanças de amplas melhoras nestes anos 90.

(VESENTINI, W. J. Brasil Sociedade e Espaço, São Paulo: ática, 1996, p.14-15)

terça-feira, 6 de abril de 2010

Liberalismo político e econômico


Na história européia e das Américas o liberalismo se implantou de forma diferente. Enquanto o absolutismo reina na França, na Inglaterra as revoluções burguesas visam limitar a autoridade do rei. A Revolução Puritana foi a primeira, no século XVII, que culminou com a execução do rei Carlos I e a ascensão de Cromwell. Mas a eliminação do absolutismo ocorre com a Revolução Gloriosa em 1668, quando Guilherme III é proclamado rei, após aceitar a Declaração de Direitos que limitava sua autoridade e dava mais poderes ao parlamento. Exigem do rei, a convocação regular do parlamento, sem o qual ele não pode fazer leis ou revoga-las, cobrar impostos ou manter o exército. Criou-se também o hábeas corpus, para evitar prisões arbitrárias, onde nenhum cidadão pode ficar preso indefinidamente sem ser acusado por um tribunal. No novo mundo ocorre a emancipação das colônias. A independência dos Estados Unidos é bem sucedida, mas outros movimentos são reprimidos como as Conjurações Mineira e Baiana, ambas em 1798 no Brasil. A Revolução Francesa, 1789, lutou contra os privilégios da nobreza e defendeu os princípios “igualdade, liberdade e fraternidade” depondo a dinastia real dos Bourbon. Ser liberal significa, tolerância e generosidade, no sentido de não controlar gastos e não ser autoritário. Os que trabalham por conta própria também são chamados de liberais: médicos, dentistas, advogados. Porém, estamos considerando o conjunto de idéias éticas, políticas e econômicas da burguesia em oposição a visão da nobreza feudal. Este pensamento burguês, busca separar o Estado e a sociedade ou seja o conjunto de atividades particulares principalmente as econômicas. O liberalismo tem três enfoques: político, ético e econômico. O político constitui-se contra o absolutismo e busca nas teorias contratualistas, a legitimação do poder, que não deve ficar sob o direito dos reis, mas no consentimento dos cidadãos. O ético, com a garantia dos direitos individuais: liberdade de pensamento e expressão, religião e estado de direito e que rejeita todo tipo de arbitrariedades. O econômico se opõe a intervenção do poder nos negócios, exercida com procedimentos típicos da economia mercantilista, como a concessão de monopólios e privilégios. Essas idéias foram desenvolvidas, na defesa da propriedade privada dos meios de produção baseada na livre iniciativa e competição.”Nos temos por testemunho as seguintes verdades: todos os homens são iguais: foram aquinhoados pelo Criador com direitos inalienáveis e entre eles o da vida, da liberdade e da busca da felicidade.” Trecho da Declaração da Independência dos Estados Unidos, de 1776.

O iluminismo e o saber ;)


A revolução intelectual que se efetivou na Europa, especialmente na França, no século XVIII, ficou conhecida como Iluminismo. Esse movimento representou o auge das transformações culturais iniciadas no século XIV pelo movimento renascentista. O antropocentrismo (teoria que considera o Homem o centro do Universo) e o individualismo renascentista, ao incentivarem a investigação científica, levaram à gradativa separação entre o campo da fé (religião) e o da razão (ciência), determinando profundas transformações no modo de pensar, sentir e agir das pessoas. Colocando em destaque os valores da burguesia, o Iluminismo favoreceu ao aumento dessa camada social. Procurava uma explicação através da razão para todas as coisas, rompendo com todas as formas de pensar que até ali eram consagradas pela tradição. Rejeitava a submissão cega à autoridade e a crença na visão medieval teocêntrica. Para os iluministas só através da razão o homem poderia alcançar o conhecimento, a convivência harmoniosa em sociedade, a liberdade individual e a felicidade. A razão era o único guia da sabedoria capaz de esclarecer qualquer problema, possibilitando ao homem a compreensão e o domínio da natureza. As novas idéias conquistaram numerosos seguidores, a quem pareciam trazer luz e conhecimento. Por isto, os filósofos que as divulgaram foram chamados iluministas; sua maneira de pensar, Iluminismo; e o movimento, Ilustração. As tendências que marcaram o Iluminismo foram: a valorização do culto da razão e predominância da ciência; crença no aperfeiçoamento do homem e a liberdade política, econômica e religiosa. O Iluminismo expressou o aumento da burguesia e de sua ideologia. Foi a culminância de um processo que começou no Renascimento, quando se usou a razão para se descobrir o mundo, e que ganhou aspecto essencialmente crítico no século XVIII, quando os homens passaram a usar a razão para entenderem a si mesmos no contexto da sociedade. Esse espírito generalizou-se nos clubes, cafés e salões literários. A filosofia considerava a razão indispensável ao estudo de fenômenos naturais e sociais. Até a crença devia ser racionalizada. Os iluministas acreditavam que Deus está presente na natureza, portanto no próprio homem, que pode descobri-lo através da razão. Para encontrar Deus, bastaria levar vida piedosa e virtuosa; a Igreja tornava-se dispensável. Os iluministas criticavam-na por sua intolerância, ambição política e inutilidade das ordens monásticas (vinda de monges, autoridades religiosas). Os iluministas diziam que leis naturais regulavam as relações entre os homens, tal como regulavam os fenômenos da natureza. Consideravam os homens todos bons e iguais; e que as desigualdades seriam provocadas pelos próprios homens, isto é, pela sociedade. Para corrigi-las, achavam necessário mudar a sociedade, dando a todos liberdade de expressão e culto, e proteção contra a escravidão, a injustiça, a opressão e as guerras.

Revolução gloriosa :B


Com a morte de Oliver Cromwell, seu filho Richard, assumiu o cargo de Lorde Protetor. Sem o reconhecimento do exército, foi logo destituído, sendo o Parlamento convocado para legitimar o poder dos generais. Com o crescimento da mobilização das camadas populares, as elites assustadas, começaram a articular a restauração da monarquia. Em 1660, Carlos II, filho do rei decapitado, lançou a chamada "Declaração de Breda", onde prometeu governar mantendo a tolerância religiosa e respeitando o Parlamento e as relações de propriedade existentes. Com apoio de Luiz XIV, o "rei sol" da França, Carlos II converteu-se publicamente ao catolicismo, provocando a retomada da luta por parte do Parlamento, que em 1679 aprovou o "Habeas Corpus", garantindo aso cidadãos a segurança frente aos supostos abusos do governo. Em seguida foi publicado o "Ato de Exclusão", que impedia qualquer católico do exercício de funções públicas, incluindo a de rei. Com a morte de Carlos II (1685), subiu ao trono seu irmão Jaime II, que procurou novamente conduzir o país para o catolicismo, fortalecendo seu poder, em prejuízo do Parlamento.
Entrando em acordo secreto com Guilherme de Orange, príncipe da Holanda e genro de Jaime II, o Parlamento se mobilizou contra o rei, visando entregar-lhe o poder. As tropas abandonaram Jaime II e em junho de 1688 Guilherme de Orange era feito rei com o nome de Guilherme III. Este episódio é conhecido na história como "Revolução Gloriosa".
Sem derramamento de sangue e representando um compromisso de classe entre os grandes proprietários rurais e a burguesia inglesa, a Revolução Gloriosa marginalizava o povo além de mostrar que para acabar com o absolutismo, não era necessária a eliminação da figura do rei, desde que esse aceitasse se submeter às decisões do Parlamento.

Revolução gloriosa :B

Com a morte de Oliver Cromwell, seu filho Richard, assumiu o cargo de Lorde Protetor. Sem o reconhecimento do exército, foi logo destituído, sendo o Parlamento convocado para legitimar o poder dos generais. Com o crescimento da mobilização das camadas populares, as elites assustadas, começaram a articular a restauração da monarquia. Em 1660, Carlos II, filho do rei decapitado, lançou a chamada "Declaração de Breda", onde prometeu governar mantendo a tolerância religiosa e respeitando o Parlamento e as relações de propriedade existentes. Com apoio de Luiz XIV, o "rei sol" da França, Carlos II converteu-se publicamente ao catolicismo, provocando a retomada da luta por parte do Parlamento, que em 1679 aprovou o "Habeas Corpus", garantindo aso cidadãos a segurança frente aos supostos abusos do governo. Em seguida foi publicado o "Ato de Exclusão", que impedia qualquer católico do exercício de funções públicas, incluindo a de rei. Com a morte de Carlos II (1685), subiu ao trono seu irmão Jaime II, que procurou novamente conduzir o país para o catolicismo, fortalecendo seu poder, em prejuízo do Parlamento.
Entrando em acordo secreto com Guilherme de Orange, príncipe da Holanda e genro de Jaime II, o Parlamento se mobilizou contra o rei, visando entregar-lhe o poder. As tropas abandonaram Jaime II e em junho de 1688 Guilherme de Orange era feito rei com o nome de Guilherme III. Este episódio é conhecido na história como "Revolução Gloriosa".
Sem derramamento de sangue e representando um compromisso de classe entre os grandes proprietários rurais e a burguesia inglesa, a Revolução Gloriosa marginalizava o povo além de mostrar que para acabar com o absolutismo, não era necessária a eliminação da figura do rei, desde que esse aceitasse se submeter às decisões do Parlamento. Representando a transição política de uma Monarquia Absolutista para uma Monarquia Parlamentar, a Revolução Gloriosa inaugurava a atual política inglesa onde o poder do rei está submetido ao Parlamento
O novo rei aceitou a "Declaração de Direitos" (Bill of Rights) e em 1689 assumiu a Coroa, marcando o fim do choque entre rei e Parlamento. Essa declaração eliminava a censura política e reafirmava o direito exclusivo do Parlamento em estabelecer impostos, e o direito de livre apresentação de petições. Destaca-se ainda a questão militar, onde o recrutamento e manutenção do exército somente seriam admitidos com a aprovação do Parlamento.
Com a Revolução Gloriosa, a burguesia inglesa se libertava do Estado absolutista, que com seu permanente intervencionismo era uma barreira para um mais amplo acúmulo de capital. Dessa forma a burguesia, aliada a aristocracia rural, passou a exercer diretamente o poder político através do Parlamento, caracterizando a formação de um Estado liberal, adequado ao desenvolvimento do capitalismo, que junto a outros fatores, permitirá o pioneirismo inglês na Revolução Industrial em meados do século XVIII.

A Revolução Puritana *--*


Durante a transição do feudalismo para o capitalismo na Europa ocidental, a burguesia emergente aliou-se aos reis, que através da centralização do poder político, estavam consolidando um novo regime de governo: o absolutismo. Nasciam assim, em detrimento da velha nobreza feudal e da Igreja Católica, as monarquias nacionais, com características totalmente contrárias ao localismo político que marcou a estrutura do poder feudal ao longo da idade média.

OLIVER CROMWELL E A SEGUNDA GUERRA CIVIL

O descontentamento da população diante da conivência política do Parlamento em relação ao rei, fortalece o "partido dos independentes", de onde surgiu a principal liderança da revolução inglesa: Oliver Cromwell.
Nascido de família aristocrática em 1599, Cromwell foi eleito para integrar o Parlamento em 1640. Destacou-se na organização do exército, sendo que suas tropas, formadas por camponeses e artesãos, eram submetidas a uma rígida disciplina revolucionária. Em julho de 1645 Cromwell derrotou o exército do rei, que depois de fugir para Escócia foi entregue pelos próprios escoceses para Inglaterra em troca de 4000 mil libras esterlinas.
Para o partido dos presbiterianos a revolução estava concluída, já que o poder estava nas mãos do Parlamento, restando apenas um acordo com o rei. Já para as camadas populares, a revolução deveria avançar bem mais no plano social. Surgia assim um novo partido, o dos "niveladores", composto principalmente pela massa de camponeses e artesãos que reivindicavam sufrágio universal e a devolução das terras "cercadas" aos camponeses. Os soldados de Cromwell passam a apoiar os niveladores e o exército, convertido em foco de propaganda revolucionária, foi dissolvido pelo Parlamento sob o pretexto de que a guerra havia terminado. Essa medida oportunista do Parlamento, provocou uma forte reação no exército, que depois disso, tomou a cidade de Londres, assumindo de fato o poder.
As divergências entre oficiais independentes e niveladores, fortaleceram o poder contra-revolucionário. Os presbiterianos aliaram-se aos realistas e os escoceses voltaram a cruzar a fronteira da Inglaterra, mas desta vez a favor do rei. O exército deixou suas divergências e uniu-se através da liderança de Oliver Cromwell que derrotou os escoceses e esmagou as forças realistas encarcerando o rei Carlos I. As massas populares indignadas pressionaram o Parlamento para o julgamento imediato do rei, que foi condenado por um tribunal instituído pela Câmara dos Comuns. No dia 30 de janeiro de 1649 o rei foi decapitado sendo proclamada uma República na Inglaterra governada pelo Parlamento e ministros por ele indicados.